Socorro, não estou sentindo nada...

Hoje estou naqueles dias que todos os palavrões do mundo reunidos, são poucos para expressar minha indignação, raiva e tristeza.
Sei, sei, esse sentimentos só fazem mal à mim mesma. (como se eu conseguisse evitar!)
Fácil falar, né...
Difícil é levar a minha vida... eu sei tem vidas piores, é claro, a minha mesmo podia estar pior, podia me faltar saúde, e isso graças a Deus eu ainda tenho.
Do resto falta quase tudo, falta carinho materno, falta atenção paterna...
Falta dinheiro na carteira...

Falta paciência do namorado... e compreensão também.
Já fui mandada pra fora da própria casa...
Já levei tapa na cara
Já sofri com o descaso
Já fui colocada de escanteio
Já fui trocada por outra
Já ganhei um par de chifres
Já fui injustiçada
Já apanhei de cinta

e de borracha também
E já muitas outras coisas, mas reconheço que, aquilo que não te mata, te fortalece, e sempre eu tenho que dar a volta por cima, sempre sou obrigada a recomeçar, a chutar a pedra pra longe e continuar caminhando...
Só que um dia ela aparece no meu caminho, e de novo, tenho que chutar ela pra longe e continuar caminhando.
Queria saber contornar a pedra e simplesmente deixá-la de lado, para que no futuro a mesma pedra não volte a aparecer.
Mas eu ainda não sei fazer isso... não sei como...

E chega uma hora que a gente cansa da vida, a gente cansa de recomeçar. E se simplesmente eu não recomeçar, o que acontecerá?
Hoje, me sinto profundamente triste, desamparada, e o que eu mais queria era um colo, só um colo, sem questionamento, sem cobranças, só um colo...
E Colo eu não tenho já faz algum tempo.
Minha vontade era sumir.. simplesmente sumir.

Deixar pra trás essa vidinha medíocre que eu levo, esse trabalho que não me realiza, esse amor que não me compreende, e nem tenta satisfazer meus sonhos de contruir uma família.
Apesar dos escritos anteriores (que nada mais foram que afirmações para mim mesma, como se eu quisesse parecer forte), afirmo com razão, minha vida ta vazia...
E conforme o pensamento de hoje na minha agenda, (quanta coincidência): “Agora não importa o que fizeram de ti, mas o que você vai fazer com o que fizeram de ti.”

E o que eu vou fazer comigo?
Não sei...