E quando o chão lhe falta aos pés?

O dia amanhecera como qualquer outro dia, o barulho da rua me fez acordar (saudade das margaridas de outrora...)
Levantar, trocar de roupa, tomar café da manhã...
Despedir e ir trabalhar... até a caminhada diária de 20 minutos a pé para chegar ao trabalho estava igual.
Parei na papelaria, comprei papel sulfite A4, graças a Deus várias ações para imprimir, comprei pastas plásticas também, passei o cartão Visa, pois não tinha um centavo no bolso... fim de mês é sempre assim, já estou acostumada.
Compromissos normais, ligar para cliente, fazer impugnação, organizar as fichas cadastrais dos imóveis, verificar e-mail, orkut, publicação na OAB.
Tudo comum.
Meu amor me buscou e me levou pra casa, ao estacionar, o de sempre, despedidas apaixonadas, como se não fossemos nos reencontrar no mesmo dia.
Um pouco de almoço, banho, e médico.
E no médico, foi que aconteceu...
O chão me faltou aos pés!
O que fazer quando tudo fica escuro e confuso?
Sozinha na sala fria do médico, ouvindo palavras que não faziam o menor sentido, do que ele ta falando, meu deus?

Ironia do destino... semana passada eu agradecia o que ainda me restava, a saúde!
Porém, a suspeita de que esta pode faltar em breve, não foi de todo ruim.
Fui pra casa de meus pais, e lá tive apoio e colo de mãe, de irmã, colos que há muito me faltavam, e me deixava triste demais.

Para completar o dia, agora incomum, na hora do passe depois da reunião espírita, a oração falava sobre ânimo... só pra eu não esquecer que cada cruz tem seu tamanho exato, por que Deus não nos dá uma cruz maior que nossas forças.